sexta-feira, 26 de junho de 2009

Jornal da Facom agora no Issuu

Depois de muito tempo contando apenas com uma versão impressa, o Jornal da Facom acaba de lançar sua primeira publicação na rede. Inicialmente, as edições do jornal serão publicadas integralmente através do Issuu. A iniciativa surgiu a partir da vontade de preservar os jornais na internet e para criar um portfólio da publicação. Para quem quiser conferir, a primeira edição publicada é a do JF20.



Saudações faconianas,
equipe do JF.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Revista Lupa #5

Confira a quinta edição da Revista Lupa


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Jornalista precisa de diploma?

Por Joseane Bispo


Com a proximidade do julgamento marcado para este segundo semestre, pelo Supremo Tribunal, a discussão sobre a importância da faculdade de jornalismo está cada dia rodeada de polêmicas. Afinal, jornalista precisa ou não de diploma?

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não julga o Recurso Extraordinário nº. 511961, que pode acabar com a obrigatoriedade de formação específica para jornalista, alguns setores da sociedade discutem o mérito da questão. São jornalistas, sindicalistas, advogados, juristas, empresas concessionárias de TV e rádio, entre outros, que se posicionam contra e a favor do diploma obrigatório.

De um lado, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), intensifica as lutas em defesa dos jornalistas e do jornalismo no Brasil. Através da campanha “Jornalistas por formação – melhor para o jornalista, melhor para a sociedade”, com mobilizações pelo site, por meio de atos públicos em várias cidades e de cartas enviadas a magistrados e parlamentares.

Do outro, empresas concessionárias de TV e rádio e alguns veículos de comunicação como a Folha de São Paulo, que embora não estejam diretamente envolvidos em uma campanha de convencimento da população, demonstram na prática seu posicionamento, contratando para cargos de natureza jornalística pessoas sem formação específica na área. Outra entidade que defende a não-obrigatoriedade do diploma é a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), que declarou por meio de assessoria, que considera importante uma boa formação do profissional de jornalismo, mas não que o melhor profissional é o que tem diploma.

Os contrários à exigência do diploma no Brasil, têm como o principal argumento a declaração de princípios da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que considera a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalismo uma violação à liberdade de expressão, outra questão é o fato de que, segundo a OEA, para se exercer a profissão em países como Alemanha, Austrália, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão e Suíça, não há a obrigatoriedade da formação superior em jornalismo.

Já o doutor em Ciências Sociais e professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), José Ramalho Rodorval, argumenta que ao contrário do que acontece com o exercício da medicina ou arquitetura, o ofício de jornalista, assim como o de economista e sociólogo não conferem riscos à vida humana, “Não há nada no jornalismo que não se aprenda com o cotidiano das redações. Com ou sem diploma, todo mundo aprende o ofício na prática”, afirma.

Opinião contestada pelo doutor em Comunicação Social, Josenildo Guerra, que defende a grande responsabilidade da profissão, que segundo ele, assim como médicos e arquitetos, o jornalista necessita sim de uma formação específica, “Uma informação incorreta divulgada não prejudica apenas a reputação do jornalista, mas afeta toda a sociedade e seu direito de receber informações de qualidade”, reforça.

A Federação Nacional dos Jornalistas, segue defendendo “Nossa posição é reforçar a questão do diploma e incluir a função de assessoria de imprensa como atividade exclusiva de jornalistas, o que ainda não está previsto na regulamentação atual”, declara o diretor da Federação, José Carlos Torves. A Fenaj tem tratado as discussões dentro do GT do Ministério do Trabalho como uma atualização das regras instituídas em 1969.

O sindicato da Bahia, como os de todos os estados do país, apóia a campanha lançada pela (FENAJ), que para se fortalecer ainda mais, lançou o livro “Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade”, editado pela própria Federação, com conteúdos que resgatam a história da luta que conquistou a inclusão da obrigatoriedade da formação universitária na regulamentação profissional.

A regulamentação profissional do jornalismo brasileiro ocorreu em 1938. Na década de 40, surgiram os primeiros cursos de jornalismo, mas foi somente a partir de 1969, devido a fortes pressões profissionais, que a exigência da formação superior passou a valer efetivamente. Nesse período, muitos foram anversos a essa determinação, incluindo jornalistas e proprietários de jornais. Desde então, a defesa pelo fim da exigência continuou ao logo dos anos.

Para todos os estudantes de jornalismo do Brasil, a melhor opção é aderir à campanha na defesa do diploma, afinal, a Universidade oferece o suporte teórico necessário para a melhor compreensão e interpretação da estrutura política, econômica e social da realidade que cerca o profissional. É claro que, somente os conhecimentos teóricos não são suficientes, os suportes técnicos, também são necessários para a boa formação de um jornalista, o ideal é que se concilie os dois princípios.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Passepartout

No samba da minha terra todo mundo bole...
por Rebeca Caldas


Baiana que entra no samba
Só fica parada
Não canta, não samba, não bole nem nada
Não sabe deixar
A mocidade louca

Baiana é aquela
Que entra no samba de qualquer maneira
Que mexe, remexe,
Dá nó nas cadeiras
E deixa a moçada com água na boca




A primeira semana de dezembro (01 a 04/12) foi dedicada à celebração do Samba em Salvador, que uniu as festividades do Dia do Samba (02/12) às celebrações do Dia de Santa Bárbara (04/12), no Pelourinho.

Segundo informações do Jornal A Tarde (publicação do dia 02/12), há uma tradição desde 1972, em que vários músicos se reúnem para celebrar o Dia do Samba. Nesse ano, a homenagem foi ao sambista Paulinho da Viola, com apresentação de mais de 30 músicos numa só noite.

O baiano tem mesmo que comemorar. Afinal de contas, apesar de a popularização do samba ter acontecido no Rio de Janeiro, foram ex-escravos baianos, posteriormente trabalhadores urbanos da Cidade Maravilhosa, no período do Segundo Reinado - em meados do século XIX - que criaram essa riqueza cultural na cidade em que a Corte se alojava.

Apesar da saída da Bahia, os negros desta terra levaram consigo a cultura e os costumes que viviam por aqui. A comunidade de negros e mulatos, buscando criar uma identidade que se adequasse no novo quadro social, se agrupava em espaços próprios, resgatando seus cultos aos santos, seus ritos percussivos, suas danças ancestrais. Entre esses lugares, destaca-se o terreiro de Tia Ciata, freqüentado por músicos como Donga e Pixinguinha, citada pelo pesquisador Luiz Tatit, que destacou o sincretismo que agregava as classes sociais e as manifestações culturais do período:

Além do terreiro, a moradia dispunha de outros cômodos de fundo, nos quais se executavam os sambas de diversão talhados para os passos de dança, mas já contendo versos improvisados – espécie de versão profana dos antigos cantos repensoriais – que aos poucos iam se fixando (TATIT, 2004, p.31).

Nesse momento, as famílias tradicionais brincavam o entrudo, celebração fortemente ligada ao período abstinencial imposto durante o período da Quaresma, na qual os participantes molhavam-se e sujavam-se uns aos outros. Com o crescimento da população e a diversificação das camadas sociais, a festa tomou uma dimensão coletiva, era o carnaval.

Para se inserir na festa, a nascente classe média, sem condições de armar carros alegóricos, criaram os ranchos carnavalescos, uma adaptação dos Ranchos dos Reis Nordestinos, estilizados por baianos, moradores da Zona da Saúde. Sobre isso, José Ramos Tinhorão afirma:

Ora, nesses ranchos, onde se cantavam em marcha as quadras e as solfas mais populares entre os negros da Bahia, também se “arrojava o samba”, isto é, também se incluía um ritmo e um sapateado que nada mais eram do que uma estilização da vigorosa coreografia do batuque. (TINHORÃO, 1997, p.18).

Com a utilização dos meios de comunicação, como o rádio, e sistemas de registro e gravação de obras musicais, o samba foi logo apropriado por profissionais da classe média, sendo então hibridizado com outros estilos musicais, com o jazz e elementos de orquestras. Dessa mistura, já na década de 1930, havia diversos tipos de samba: samba de morro, samba de gafieira, samba-canção, samba-exaltação, samba-choro. Além disso, surgiu um estilo musical que daria ao Brasil grande representatividade internacional: a Bossa-Nova.

O samba faz parte do repertório de grandes cantores da música brasileira, como Dorival Caymmi, Ary Barroso, Chico Buarque de Holanda. E continua influenciando diferentes expressões musicais e assumindo várias nomenclaturas e características, de acordo com o lugar e o grupo que se apropria. No carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, as escolas de samba são as responsáveis pela festa. Os tradicionais Paulinho da Viola e Benito de Paula ainda inspiram muitos sambistas por aí.


No resto do ano, tem samba para tudo quanto é gosto: samba de quintal, com representantes como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Martinho da Vila, Jorge Aragão. O samba partido alto revelou as bandas Revelação, ExaltaSamba, Raça Negra. Jorge Benjor e Seu Jorge defendem o samba-rock O pagode, também vertente do samba, está em alta. Pelo Sudeste, o pagode romântico faz sucesso com Alexandre Pires, Belo, Sorriso Maroto. E ainda tem um pessoal que está começando a aparecer na MPB, como Tereza Cristina e Grupo Semente e Mart’nália.

Mas a gente gosta
Quando uma baiana
Requebra direitinho
De cima em baixo
Revira os olhinhos
E diz:
"Eu sou filha de São Salvador"

Mas o samba não foi esquecido por aqui. Pelo contrário, em Salvador, nas esquinas do Pelourinho, no Garcia, na Piedade, Mercado Modelo, Dique do Tororó, é possível ouvir o som dos pandeiros a embalar a cidade. Infelizmente, não conheço todos os lugares, mas tenho certeza que os moradores da Liberdade; Itapuã; Nordeste de Amaralina, com seus sambas juninos; os que vivem na Cidade Baixa e nos bairros do Subúrbio também sabem cantar e tocar essa música que contagia os quatro cantos da cidade. No interior, a rica cultura do Recôncavo nos presenteou com o samba de roda, o samba de chula, o samba corrido.

Os cantores mais tradicionais, como Riachão e Nelson Rufino ainda celebram o samba junto com a nova geração. Mariene de Castro, Jota Veloso e Sandra Simões estão conseguindo visibilidade, e cantam samba do recôncavo. Entre as bandas de partido, destacam-se Bambeia, Samba de Cozinha, Pagode em Família, entre outros. Há algumas bandas que mais estão relacionadas à classe média, como Batifun e Samba Eu, Você e Sua Mãe.

A grande indústria da música baiana também se serviu da diversidade do samba, lançando no mercado uma quantidade enorme de bandas e cantores de pagode: É o Tchan, Harmonia do Samba, Psirico, Guig Ghetto, Fantasmão. E o que dizer dos blocos afros, como o Muzenza, o Olodum, o Ilê Aiyê, a Dida? Estes são os que popularizaram o samba-reggae.

É pena que esta que escreve sabe muito pouco sobre o samba. Mas uma coisa não dá para negar. A gente tem mesmo muitos motivos para comemorar!

Quem não gosta de samba
Bom sujeito não é
É ruim da cabeça ou doente do pé
Eu nasci com o samba
Do samba me criei
E do danado do samba nunca me separei


Referências:

TATIT, Luiz. O século da canção. Ateliê Editorial. Cotia, 2004
TINHORÃO, José Ramos, 1928 – Música popular: um tema em debate / José Ramos Tinhorão; 3ª edição revista e ampliada. São Paulo: Ed.34, 1997.

http://www.gastronomias.com/cronicas/entrudo.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bloco-afro

http://www.rosanevolpatto.trd.br/sambabrasil.htm

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

É hora de pesquisa?

Quem será o novo presidente?
José Serra: Liderança antecipada.Heloísa Helena: Bom início nas pesquisas Dilma Rousseff: Na cola de Lula.
Ciro Gomes: Não desiste nunca!
Aécio Neves: Tem vaga pra ele?

Circo Urbano
Por Victor Soares

_Ainda faltam quase dois anos para as eleições presidenciais, que ocorrerão em Outubro de 2010. Apesar da distância temporal, o Instituto Datafolha já faz pesquisas de intenção de voto para o futuro presidente do Brasil.
_Em pesquisa divulgada nesta segunda-feira (08) o provável candidato José Serra (PSDB), atual governador de São Paulo, aparece na liderança. Em seguida surge o deputado federal Ciro Gomes (PSB), a ex-senadora e vereadora eleita de Maceió, Heloísa Helena (PSOL) e a "queridinha" do presidente Lula, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
_Serra tem 41% da preferência do eleitorado, enquanto Ciro possui 15%, Heloísa Helena 14% e Dilma Roussef apenas 8%. Vale registrar que a última subiu de 3% para 8%, desde a última pesquisa feita em Março de 2008. Muitos ainda estão indecisos ou afirmam que irão votar em branco ou nulo. Esse quadro é composto por 21% do eleitorado. Os indecisos são 9% e os que preferem votos brancos e nulos somam 12%.
_Em uma semana que o presidente Lula apresentou 70% de aprovação popular, parece muito cedo para afirmar que a sua candidata chegará em útlimo lugar na corrida eleitoral. Lula bateu todos os recordes de popularidade desde a reabertura política brasileira. Todo esse carisma "lulista" deve servir de base para alavancar a campanha de Dilma Rousseff, que poderá ser a primeira mulher a governar o Brasil.
_O governador paulista ainda disputa internamente a candidatura com o seu companheiro de partido, o tucano e governador mineiro, Aécio Neves. Na mesma pesquisa do Datafolha, quando Aécio Neves é o candidato tucano fica atrás de Ciro Gomes e até de Heloísa Helena.
_Tudo indica que Serra será mesmo o candidato do PSDB. Mas, como a política brasileira é bastante volátil, temos que esperar para ver. Essas pesquisas antecipadas pouco têm de concreto, mas o fato é que elas existem. Qual o sentido delas? Cabe ao leitor tirar suas próprias conclusões.

domingo, 7 de dezembro de 2008

O __MAIOR__ panorama de filmes da Bahia

Meio e mensagem/passepartout
por julien karl

Dia dez, na sala Walter da Silveira, dentro da programação das quartas baianas, acontecerá o lançamento do site: http://www.filmografiabaiana.com.br/. O site pretende ser um catálogo de todos os filmes já desenvolvidos em nossa terra sem importar o gênero, formato ou caráter comercial. Os próprios idealizadores definem o projeto como o maior panorama de filmes baianos que já existiu. Antigamente as tentativas de mapeamento dos filmes feitos no estado eram esparsas e limitas a um recorte temporal ou programático. Desta vez, o levantamento, está sendo realizado pelo DIMAS (Departamento de Artes Visuais da Fundação Cultural do Estado da Bahia) e objetiva apresentar uma visão geral sobre a filmografia baiana . Para isso, concentrou-se em coletar informações básicas sobre a maior quantidade possível de filmes produzidos no estado.
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A iniciativa é simplesmente indispensável para um estado do porte do nosso e importantíssima para os estudantes e pesquisadores interessados na área. Em um primeiro momento, neste ano de 2008, foi realizada a catalogação de informações fundamentais de todos os filmes possíveis realizados na Bahia. Na segunda fase do projeto, a ser realizada em 2009, os créditos completos dos filmes serão apresentados junto com fotos, cartazes, críticas e artigos de jornais.


Alguns filmes já têm uma série de dados disponíveis no site como o desenho animado Boi Aruá de 1984 dirigido por Chico Liberato e montado por Tuna Espinheira. “Superoutro”de 1989 narra a história de um louco de rua que enfrenta a realidade das ruas fantasiando ser um super-herói e é interessante de ser conhecido ainda que somente através da sinopse. Por falar nisso, é preciso não somente catalogar e também propiciar uma maneira de exibir para o grande público essa produção. Afinal, os filmes são feitos para serem vistos (há milhares arquivados, outros tantos mofando e grande parte dos exibidos fica curto tempo em cartaz).